sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sobre velhos, seres humanos e cães

Ontem tive a sorte de assistir a um dos mais belos filmes já feitos: Umberto D.de 1952. Trata-de uma obra-prima do mestre Vittorio de Sica (valeu Gilloti). Já tinha assistido Ladrão de Bicicletas (valeu Pri) do mesmo de Sica. Trata-se da história de Umberto Domenico Ferrari. Um aposentado que como muitos outros na Itália pós-guerra está com incríveis problemas financeiros. A dona da pensão onde vive quer despejá-lo por falta de pagamento. Seus únicos amigos são a jovem empregada da senhoria, Maria e seu espertíssimo cão Flike. Muitas pessoas pensam que histórias do tipo são ficção, drama barato. Deveriam rever seus conceitos e eliminar pré-conceitos.
O que caracteriza esse neo-realismo italiano é mostrar a vida nos filmes como ela realmente é. Usando inclusive atores amadores para os filmes, e claro retratar a dura realidade do povo que é quem sofre as consequências das "brincadeiras" dos políticos. Sejam de ordem política ou econômica.
Acho essa época do ano importante para se ver e falar sobre isso. As pessoas tendem a ficar mais sensíveis. E não passa de uma tolice. Deveríamos estar sempre atentos a certas coisas. Como por exemplo o cara que está do nosso lado. Você pode dizer: - Não posso salvar o mundo! Mas ser indiferente é algo tão terrível quanto fazer mal para alguém. O coração de gelo, sempre pronto para simplesmente adquirir coisas está mais do que pronto para se tornar uma coisa. Nesse momento, em nosso país vivemos um estado de euforia pelo simples fato de se consumir mais. Não se pára para pensar por exemplo o caminho que a roupa de marca, o tênis e outras coisas trilharam para chegar até nós. Escravos ou semi se preferir (faz diferença?) chineses, coreanos, indianos, bolivianos (bem pertinho de nós em São Paulo) sabem o caminho das pedras.
Ao assistir Umberto D. notamos que, como disse meu amigo Gilloti, vê-se mais humanidade em um cão do que em homens.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Que país é esse?

Como pode um país que tem um presidente que é de "esquerda" (você ainda acredita nisso? Acredita em esquerda ou direita?) proibir uma greve? A greve dos aeroviários é justa. A TAM, por exemplo, lucrou muito mais de 70% nesse ano e não quer repassar nada para seus empregados?

A imprensa não fala nada quanto a isso? Não fala sobre o outro lado? As pessoas dão "graças a Deus" por isso? Pois é. Pimenta nos olh... no CÚ dos outros é refresco. Ê Brasil...

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Papai Noel, velho batuta (complete com uma rima!)

Olá, meninos e meninas! Quanto tempo!!! Bem, chega dessa bobagem. Estamos quase no dia 25/12. Aniversário de Jesus(?). Também conhecido como Natal. Sempre tive momentos incômodos nos dias de Natal. Nunca fomos "chegados". Tudo bem. Sou um tanto azedo por natureza. por mais que alguns me digam o contrário. Mas essa data me traz um incomodo tão grande...
Antes de qualquer coisa o sentido é totalmente fora de contexto. Como disse anteriormente deveria ser uma celebração do nascimento de Jesus Cristo. Bem, não é o que ocorre! Sabe, já fui cristão um dia e isso é uma daquelas coisas que me deixava muito puto. A facilidade com que os cristãos preferem viver com a mentira por conveniência. Mesmo sabendo (os que se interessavam) das origens pagãs dessa festa. Que é mais provavel que Jesus tenha nascido em Outubro e não em Dezembro. E fica assim. Entende? É essa mentira que incomoda. Para mim foda-se que seja ou não o aniversário de Jesus ou não. Nasceu em Dezembro ou não. Mas construir essa mentira sobre algo que deveria ser algo sagrado e tão solene é de foder!!
Isso sem falar sobre as outras pessoas. Que não estão nessa por religião. Quer dizer, não é trágico que um vizinho que nunca lhe disse um simples "oi", justamente nessa data queira lhe abraçar, desejar sorte, saúde e etc? VÁ SE FODER!!!!! Você até pode querer puxar um papo depois disso. Se der sorte ele irá te ouvir, e não fingir que te ouve. Gostaria mesmo que não fosse assim. Todos tem o direito de fazer e gostar do que lhe convém. Aceitar as consequências também faz parte do jogo. Mas não acho certo me calar diante dessa coisa que se chama Natal. Que não significa absolutamente nada. Ou melhor, para nós de terra brasilis significa um pau bem grande no meio do rabo vindo direto de Brasília!! Pois enquanto estamos nos preocupando em que presente dar nos, em geral, contrangedores e forçados amigos-secretos, enquanto nos preparamos para os terríveis congestionamentos nas estradas e nos aeroportos e ainda damos risada pois esse é o "espírito da brasilidade", estão na capital federal a nos foder ô pá!!!! Aumento com todos os por cento que eles não tem direito. Mas é Natal. É Natal...
Uma vez ouvi um grande narrador de futebol, José Silvério, falando sobre as mazelas dos bastidores do nosso futebol. Em certo momento da conversa ele diz: "Acho melhor pararmos por aqui pois daqui a pouco o ouvinte vai mudar de estação. E acho que também estamos nos tornando pessoas muito azedas. É melhor pararmos." Zé, você começou bem. Mas terminou mal. Não pode parar. Não podemos parar. Devemos isso para as pessoas. Não é necessário que concordem com tudo. Pelo contrário, que descordem. Mas que não sejam uma massa com cabresto. Que não sejam imbecis felizes por serem esses imbecis. Que não se esqueçam que num país miserável como o nosso (sim, somos um país de miseráveis! Independentemente do que diz o miserável do Lula!) a loucura que aprontamos quando vamos ao super... digo, hipermercado é algo totalmente desnecessário e imoral. Não dá para salvar o mundo você pode dizer. Mas dá para ser um filho da puta a menos nessa porra de mundo. Quando a festa acabar e sobrar aquele mooonte de comida, por favor pense nisso: era necessário? O que é o Natal? O que meus filhos e netos e todos que amo estão vendo, guardando e reproduzindo?
Para terminar gostaria de deixar esse texto de Tarcísio Regueira que ouvi pela voz de Antonio Abujanra ao fim do programa "Provocações". Ótimo programa. Até.
Ops! Já ia esquecendo: Feliz Natal!! HAR! HAR! HAR!


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Contos da Meia Noite - O homem de cabeça de papelão 1/2

Esse rapaz sempre agira em desacordo com as normas dos seus concidadãos.


Contos da Meia Noite - O homem de cabeça de papelão 2/2

"As cabeças de papelão não são más de todo. Fabricações por séries. Vende-se muito!"



Parabéns!!

Parabéns a você, brasileiro médio que não desiste nunca. Você, brasileiro médio que é guerreiro e trabalhador. Que entrende que a vida é difícil, que as coisas são assim mesmo, que na verdade existe um padrão já estabelecido e que não podemos quebrar isso. Parabéns a você, meu amigo, minha amiga que pensou bem antes de votar. Que concluiu que pior que tá não fica. Que acha que a progressão continuada trará progresso contínuo para seus filhos. Você, que ainda acha que sorrisos, tapinhas nas costas lhe torna importante. Que se acomoda por ter medo de dizer o que pensa, pois pensa somente no próprio rabo sem se importar se a pessoa ao seu lado irá ou não ter o que comer, vestir ou onde morar! Que acredita que porque um Rodoanel que segundo alguns especialistas chegou ao Brasil com pelo menos 60 anos de atraso, seja mais importante do que por exemplo políticas públicas que cuidam de, veja você, PESSOAS!!! E finalmente a você que realmente acredita que haverá uma mudança que cairá do Céu, porque você simplesmente pede. Você que acredita que a mudança ocorrerá sem que você se mexa, aja, grite, esperneie, se faça ouvir. Você que ainda acha que será necessário algo de fora para mover o que está dentro de você. Que acredita, assim como nossa Justiça (?) Eleitoral, que o voto nulo não pode transformar. A você dou os parabéns!!!! Que toda a merda vindoura possa sufocá-lo e enquanto você sufocar, pense no instante derradeiro: por que fui apenas médio (medíocre) e não tentei ser... completo?

domingo, 26 de setembro de 2010

Geraldo Alckmin defende a morte do cidadão continuada.

E aí? Como foi colocado no último post o analfabeto político é uma desgraça. É o mesmo cara que reclama quando está na fila do pão, do banco, na INTERNET. Mas não faz nada quanto a isso. E acredito que esse tal fazer não é somente ir às ruas ou coisa do tipo. Nos esquecemos que temos um público alvo mais próximo do que pensamos: nossos familiares e amigos. Nossas CRIANÇAS. Nos esquecemos que através dessas pessoas que ignoramos com tanta destreza podem ser multiplicadores dessas ideias. Quais ideias, você meu aguçado amigo e amiga deve estar se perguntanto? Bem ideias do tipo: A Progressão Continuada. Isso aconteceu entre 1996 ou 1997 aqui em São Paulo. Desde então a qualidade do ensino que já não era essas coisas piorou. Veja bem, sou apartidário. Não defendo esse ou aquele. Defendo que o cidadão tem plena capacidade e o dever de escolher o melhor para si e para aqueles que ama. Entendo que somos sistematicamente levados a agir como imbecis pois, dentre outras coisas somos preguiçosos demais para tentar entender o que está acontecendo. Mas não devemos, é óbvio, tirar "de César o que é de César". O Governo que está lá para nos proporcionar uma vida decente não faz isso. Pelo contrário. Nos mata! E como fazem isso? Começa pelo intelecto, pela capacidade de pensar, de raciocinar, de imaginar. Aquilo que nos define como homens, como seres humanos. No caso que apresento é o Geraldo Alckimin. Mas poderia ter colocado aqui o Lula, a Dilma, o Serra ou muitos outros. Todos farinha do mesmo saco de bosta! Quando assistirem esse vídeo não levem para o lado partidário. Pensem em como isso afeta ou afetará aquelas pessoas que lhe impotam. Depois, é claro dê sua opinião. Só não é permitido uma coisa: calar-se.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Analfabeto Político de Bertold Brecht

Eugen Berthold Friedrich Brecht é um dos autores alemães mais importantes do século XX, especialmente nas suas facetas de dramaturgo e de poeta. De formação marxista, Bertolt Brecht (seu nome artístico) dava grande importância à dimensão pedagógica das suas obras de teatro: contrário à passividade do espectador, sua intenção era formar e estimular o pensamento crítico do público. Para isso, servia-se de efeitos de distanciamento, como máscaras, entreatos musicais ou painéis nos quais se comentava a ação. Brecht expôs em escritos de caráter teórico e encenações modelares essa nova forma de entender o teatro.

Gostaria de compartilhar " O Analfabeto Político" , escrito por Brecht a mais de meio século. Se pensar que foi escrito por alguém hoje, ontem ou amanhã não se assuste. Deveríamos saber que essa vida não passa de uma experiência cíclica. O pior é que muitas vezes não nos damos conta disso. Talvez evitássemos muitos problemas.

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Chico Science, Ariano Suassuna e o Caos. Ah! e a Ordem.

Ei, Chico sabia. O Science. Veja você como é complicado quando não se entende que é no Caos que a Ordem pode sim ser alcançada. Para mais uma vez se deslumbrar com o Caos. Ariano Suassuna (salve Suassuna!) não concordou muito quando Chico misturou o maracatu com outros ritmos. Mas Chico Science estava certo. Criou algo do Caos para tentar trazer alguma Ordem para o caótico homem que teima em não enxergar a desordem para poder enfim se organizar.
Curte aí!



segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Histórias são mais perigosas (ou não) do que pensamos

Hola. Estou publicando um post que já havia publicado mas acredito que não foi bem aproveitado por mim. Nesse vídeo a escritora, ou como ela mesmo se define uma contadora de histórias, Chimamanda Adichie nos fala do perigo dos estereótipos, da preguiça que nos impede de querer saber mais do que nos dizem e do terrível perigo de observarmos somente as diferenças e não as semelhanças. Acredito que é questão até de sobrevivência. Ouça o que ela diz e espalhe por aí. Até.

Chimamanda Adichie: O perigo da história única | Video on TED.com

sábado, 4 de setembro de 2010

Mudança de endereço, Lulinha paz e amor e Guilherme Arantes

Oi. Antes de qualquer coisa quero avisar que o nome e endereço do blog mudam nos próximos dias para Deus Abençoe o Caos: deusabencoeocaos.blogspot.com.

Vamos ao post.


A jornalista Tatiana Merlino da revista Caros Amigos assina essa reportagem falando sobre mais um tiro no pé do "companheiro". Direitos Humanos me parecem realmente complicados para nós "humanos". Tudo deve ser feito com cuidado para não se pegar um "boneco de Judas", mas "olá mas!" algo tem que ser feito! Nosso país é praticamente o único en Sudamerica que não levou criminosos da época de ditadura a pagar pelo que fizeram.
A passividade tupiniquim (a nossa), que não tem nada há ver com os primeiros moradores desse pedaço de terra pois estes eram sim brigadores e não paspalhos que se deixavam iludir por pedaços de espelho como querem vender os livros de "História", é de dar nojo. Me sinto constrangido. Mas, "oi mas!", Guilherme Arantes sabia. E no amanhã está toda esperança.

Na sequência estão o texto de Tatiana e Amanhã de Guilherme Arantes. Até.


O coro da direita contra os direitos humanos

Recuo do governo Lula diante da ofensiva conservadora contra o Programa Nacional de Direitos Humanos desvela tradição conciliatória da cultura política e "continuísmo ditatorial" no Brasil

Por Tatiana Merlino

Como há tempos não se via no país, quase todos os setores conservadores da sociedade brasileira uniram-se no fim de dezembro e, de forma orquestrada, atacaram. O alvo foi o 3° Programa Nacional de Direitos Humanos, duramente criticado pelas Forças Armadas, empresários do agronegócio, setores da Igreja Católica e proprietários de meios de comunicação.
Lançado pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, em 21 de dezembro, o texto é a terceira versão de um programa do governo federal para a área. O PNDH-I e o PNDH-II foram elaborados em 1996 e 2002, durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
A virulência das críticas ao programa que apareceram na imprensa comercial relembra o período ditatorial. Editoriais e artigos assinados acusaram o plano de querer revogar a Lei de Anistia, chamando os militantes que combateram a ditadura de revanchistas, e alertando para possíveis iniciativas “comunistas”.
Os principais ataques partiram dos militares, que, às vésperas do ano novo, por meio de seu porta-voz, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticaram o ponto do plano que instituía a Comissão Nacional da Verdade para apurar os crimes cometidos durante a ditadura civil-militar (1964-1985). Jobim ameaçou pedir demissão juntamente com os três comandantes das Forças Armadas, que disseram que a busca da verdade não pode significar “revanchismo”.
A principal causa da discórdia foi a existência do termo “repressão política”: os militares temiam que a expressão pudesse indicar uma investigação dos órgãos repressivos da época. Assim, pressionaram para substituir o termo para “conflito político”, dando margem para se ampliar a investigação também sobre os supostos crimes cometidos por militantes da esquerda. O ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, protestou, afirmando que colocar no mesmo patamar torturadores e torturados não é uma questão negociável. Declarou ainda que, se as vítimas da ditadura também passassem a ser alvo de investigação, ele pediria demissão.
Demais reações
Já a presidente da Confederação Nacional da Agricultura, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), afirmou que o programa discrimina o setor ruralista. O trecho do plano criticado é o que prevê a realização de audiências públicas antes que um juiz decida se concede liminar de reintegração de posse de uma fazenda ocupada. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também atacou. Segundo ele, o decreto vai trazer instabilidade jurídica para o campo.
O documento ainda recebeu críticas de bispos da Igreja Católica, que reagiram a artigos que propõem ações para apoiar um “projeto de lei que descriminaliza o aborto”, “mecanismos para impedir a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos”, a “união civil entre pessoas do mesmo sexo” e o “direito de adoção por casais homoafetivos”.
As entidades patronais de meios de comunicação também se manifestaram contra pontos do programa. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgaram uma nota conjunta na qual afirmam que o texto do decreto do governo contém ameaças à liberdade de expressão. Nessa área, um dos objetivos do plano é regular os meios de comunicação para que mantenham uma linha editorial de acordo com os direitos humanos, com sanções para os que desrespeitarem as normas.
Curiosamente, parte desses pontos que foram criticados já constava nos dois programas anteriores, aprovados na gestão tucana de FHC. “Esse programa é uma continuidade natural dos outros, é coerente com os anteriores. É surpreendente que a crise mobilizadaagora não tenha ocorrido durante o lançamento do segundo programa”, comenta a professora da faculdade de educação da USP, Maria Victória Benevides.
Ela questiona o fato das reações virem apenas no fim do ano, apesar do plano já estar disponível na internet há tempos. “Quando houve o lançamento do programa [em 21 de dezembro de 2009], os jornais também não deram muito destaque ao conteúdo. Só deram atenção para o novo visual da ministra Dilma Rousseff, o que me deixou impressionada”.
O que também foi pouco divulgado pela imprensa coorporativa é que a criação da Comissão da Verdade já havia sido recomendada durante a 11ª Conferência de Direitos Humanos, realizada em dezembro de 2008, em Brasília.
Recuo presidencial
Para acalmar os ânimos dos militares, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um novo decreto, em 13 de janeiro, que suprime o trecho que dizia que a Comissão da Verdade iria promover a apuração das “violações de direitos humanos praticadas no contexto da repressão política”. Assim, o leque de violadores dos direitos humanos ficou amplo, deixando “no ar” quem seriam os investigados.
A medida também prevê a criação de um grupo de trabalho para “elaborar anteprojeto que institua a Comissão Nacional da Verdade (...) para examinar as violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias da Constituição, a fim de efetivar o direito à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional”. Tal período proposto pelo decreto presidencial vai de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988, e não mais o que compreende a
ditadura civil militar, conforme o texto original.
Para entidades e defensores de direitos humanos, o novo decreto representa um grande recuo de Lula. “O presidente da República, seguindo seus hábitos consolidados, resolveu abafar as disputas e negociar um acordo. Esqueceu-se, porém, que nenhum acordo político decente pode ser feito à custa da dignidade da pessoa humana”, criticou Fábio Konder Comparato, professor emérito da Faculdade de Direito, em artigo publicado na página da internet da Caros Amigos.
O acordo foi “lamentável”, e faz parte de uma “tradição conciliatória da política brasileira”, acredita Maria Victoria. “Acho muito complicado tirar a expressão ‘repressão política’. Torturas, assassinatos e prisões ilegais são repressão política abusiva e criminosa”, critica. Além disso, opina, “não tem o menor cabimento jogar o início do período examinado para 1946”. Afinal, “o período da repressão política é de 64 a 85”, indigna-se.
Para Cecília Coimbra, vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, “o governo recua em nome de uma pseudogovernabilidade e abre mão de esclarecer o que ocorreu durante a ditadura. Essa supressão das expressões é muito séria, descontextualiza historicamente e tira a responsabilidade do Estado. Esse decreto é uma coisa escandalosa, vergonhosa”.
O que os setores militares vêm tentando fazer, com a ajuda da grande imprensa, é defender a tese de que “houve excesso dos dois lados”, tanto do regime autoritário como dos militantes de esquerda que pegaram em armas, o que justificaria um “vale-tudo”. “Com isso, tenta-se produzir a teoria dos dois demônios”, alerta Cecília.
Derrota
Também tem sido propalada a ideia de que os defensores da Comissão da Verdade e militantes de direitos humanos são revanchistas. “Seríamos revanchistas se estivéssemos reivindicando que quem torturou deva ser torturado, que quem matou deva
ser morto, que quem estuprou, vai ser estuprado. O que absolutamente não é o objetivo de ninguém”, ressalta Maria Victoria. “Eu sou favorável à responsabilização dos autores diretos desses crimes assim como de seus mandantes e responsáveis. Uma punição dentro da lei. Mas isso é com o Judiciário, não vai ser um programa do Executivo que será responsável por punição. O objetivo da Comissão tem que ser tornar público o resultado dessa investigação. Depois é com o Judiciário”.
Assim, a professora considera a mudança no texto do 3° Programa Nacional de Direitos Humanos uma derrota, “principalmente quando a gente vê que uma aliada natural da causa dos direitos humanos como a Igreja se somou de uma maneira bastante infeliz aoque existe de pior na direita”. No entanto, ela enfatiza que a derrota é de “batalha e não da guerra”.
Outra questão levantada pelos militares e divulgada com o apoio da imprensa corporativa é a de que, com a Comissão da Verdade, o ministro Paulo Vannuchi e as entidades de direitos humanos pretendem revogar a Lei de Anistia de 1979, que prevê, em seu primeiro artigo, “anistia a todos quantos (...) cometeram crimes políticos ou conexos com estes”. Apesar de ter sido publicado nos meios de comunicação que o programa pretendia revogar a lei, inclusive em manchete do jornal O Estado de S. Paulo, em nenhum momento o Programa Nacional de Direitos Humanos cita alguma intenção nesse sentido.
“Ninguém falou em revogação. A questão é colocar a lei nos trilhos porque ela foi deturpada, desviada para abranger o perdão para torturadores e assassinos que obviamente são culpados de crimes comuns, bárbaros. Nenhum país onde vigora o Estado de Direito pode deixar de considerar isso crime comum, principalmente os que estabeleceram Comissões da Verdade”, alerta Cecília.
Tatiana Merlino é jornalista.


sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Pra lavar a alma


Lembra-se do ódio que dava toda vez que o Charlie Brown ia chutar a bola e a vaca da Lucy puxava a dita cuja humilhando o pobre "Minduin"?

Eis nossa vingança!!

Obrigado Peter. Digo "House, Roadhouse"!



domingo, 29 de agosto de 2010

O sono, as contações e as cagadas.





Oi. Desculpem pelo grande vácuo. Sempre achei um grande desperdício a necessidade do ser humano de dormir. Existem tantas coisas pra se ver, pra se fazer que não deveríamos precisar dormir. E ao dormirmos acontece um monte de coisas em nossa mente que até poderia nos trazer soluções para um monte de coisas. Então veja você: não nos lembramos de porra nenhuma! Sei lá. Eu sei. É o tempo para descansarmos, repor as idéias no lugar, blá, blá, blá. E meu pequeno e tolo drama é que não consigo resistir. Eu durmo. Vejamos como o futuro nos ajudará nesse sentido.

Bem , após mais um bocejo gostaria de dizer que ontem estive em um workshop de contação de histórias em Santo Amaro na Biblioteca Belmonte. Quem nos passou um pouco das informações foi a ótima ANDRÉA SOUSA, uma senhora cearense que está nessa de contadora já a algumas décadas. Gostei de tudo que ela disse. O tempo infelizmente foi curto. Essa arte de contação de história para mim é algo muito particular. Ouvir quem já tem tanta vivência é essencial.
Mas o que quero deixar aqui foi o que ela falou sobre nosso mundo. Sobre como aumentou o número de contadores e como estão sendo muito requisitados por diversos tipos de instituições. Segundo Andréa, esses lugares dizem que ao ouvir histórias esses alunos, pacientes, detentos, ouvintes ao acaso, ficam mais acessíveis, menos tensos. Coisas comuns num mundo globalizado que não permite erros, embrutecido e dissimulado.

Não é engraçado (na falta de uma palavra melhor) como o homem vai, vai, vai e acaba voltando para o mesmo lugar? Nos afastamos do próximo só para depois termos que nos aproximar novamente? Nossa conectividade -bela palavra- está cada vez maior mas ao mesmo tempo cresce um tipo carência que é maior do que podemos imaginar. Muitas vezes não gosto do ser humano. Isso fez com que me lembrasse do conto A cabeça, de Luiz Vilela que conheci vendo o ótimo e saudoso Contos da Meia-Noite. Penso muitas vezes que realmente somos a maior cagada de Deus. Ora vamos, tem que admitir que foi engraçado!
Somos muitas vezes um caldo de situações absurdas, mentirosas, cínicas, engraçadas... enfim, humanas. E contar histórias, como essa ou qualquer outra, faz com que eu e você possamos refletir, rir, chorar, ter esperança ou não. Mas algo acontece. Até mesmo, fazer com que eu goste um pouquinho mais da cagad... digo, do ser humano.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Como é legal quando o toureiro se fode!!!

Oi. No link abaixo que é do blog do Vitor Birner, fala-se sobre uma das maiores brutalidades sem sentido que nós imagem e semelhança de Deus podemos impor a outro ser: a tourada. Vê aí.

Blog do Birner » Os animais bestiais e o touro, a pobre vítima

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre A Origem

Ontem tive a oportunidade de assistir ao longa "A Origem" de Cristopher Nolan.
Desde "Insônia" com Al Pacino, Nolan já se mostrou alguém que realmente sabe contar muito bem, obrigado, uma história. Sempre com personagens bem construídos, falando de um modo que você acredite. Acho que seu maior trunfo foi sem dúvida com Batman Begins e principalmente com a continuação - O Cavaleiro das Trevas. Afinal, um filme sobre um super-herói que consegue agradar não somente aos fãs (onde me incluo) mas ao público de cinema merece atenção.
E foi mais ou menos isso que a Warner lhe disse. Se emplacasse com os Batmen eles colocariam a mão no bolso para investir em um projeto um pouco antigo do diretor. Aí entra a Origem.

Basicamente, é um universo em que é possível entrar nos sonhos através de uma tecnologia desenvolvida naquele lugar. Como sempre alguns decidem usar essa maravilhosa possibilidade para ganhar dinheiro de maneira ilícita. Temos então o personagem Don Cobb (Leonardo Di Caprio), especialista em invadir mentes e roubar informações enquanto elas dormem.
Até aí parece mais um filme de ficção científica. Mas não é.

Vemos além de bons personagens, bem construídos, bem apresentados e definidos. Tem controle total de Nolan que vai nos leveando fundo naquele universo fantástico e supreendente que vai nos levar ao deleite. Pois não vemos uma história mastigada para se regorgitar em nossas bocas como é de costume em Hollywood. Não. Nolan tem respeito por quem paga para ver seus filmas e é como se dissesse: "Sei que você é capaz de acompanhar o que estou tentando dizer". E isso é maravilhoso.

Temos grandes efeitos especiais sim mas todos dentro de um contexto. Necessários e não passam do limite. Afinal estamos em território onírico. Nada é normal. Mas tudo dentro da "normalidade", Tem cena de luta? Sim. Mas graças aos deuses fomos poupados, desta vez dos chineses voadores! Tem hora para tudo, não? Vemos brigas, repito quando necessárias do jeito que tem que ser: socos, pontapés, mata-leão... enfim para acabar logo.

Esse filme, que é um daqueles que não dá para ficar falando muito para não estragar a surpresa, é um dos poucos que vale a pena pagar o ingresso e aguentar o ambiente de shopping center.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Eu voto no...

Esse é mais um ano de eleição. Espere, espere. Não vai continuar lendo por que não gosta de política? Todo mundo gosta de política! Não gostamos de políticos. É diferente.

Eu mesmo nas últimas eleições venho votando nulo. Pois acho que cansei de votar na "melhor das duas drogas". Quando vemos situações como a do Leandro... E não importa que foi há um ano ou mais.

Eu e você temos que nos importar. Votar nulo é solução? Não sei, mas ficar aceitando filho da puta passar a mão na minha bunda e dar risada...

Gostamos de política sim. De falarmos do nosso dia a dia. Do sofrimento miserável que temos ao nos deslocarmos em verdadeiras peregrinações de casa para o trabalho e ainda ter que dizer "graças a Deus"!!

Graças a Deus o cacete!!!! Merecemos mais meu chapa. Pode crer. Sejamos pois melhores com quem está ao nosso redor e principalmente com o cara que vemos no espelho todo dia.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Aceite isso, você também é parte do problema.

Nas minhas fuçadas pela net, conheci o site (ou sítio como queira) http://www.fazendomedia.com/ onde me deparei com uma matéria bem interessante sobre as chamadas profissões do futuro, no caso o operador de telemarketing.

Sempre tive a mesma impressão descrita na matéria. Como em outras "novas profissões". Uma delas o atendente de fast-food. Houve uma ocasião em que estava em frente de uma delas, o Mc Donald´s. 

Isso faz uns dez anos e confesso que fiquei um pouco assustado com o intenso movimento em frente ao restaurante e parei para ficar olhando. Era horário de almoço. Imagine. E no calçadão da Oliveira Lima. Foi terrível. Dois atendentes, em direção oposta um do outro, viraram de repente e inevitavelmente trombaram. Refrigerantes, hambúrgueres, foram pro alto. Isso aconteceu por causa da incrível pressão que há em cima desses adolescentes que trabalham nesse tipo de lugar. Sei disso por que já fiz teste em uma delas. Não fiquei. Me senti muito culpado na época mas achava meio assombroso aquele ritmo alucinante para atender o apetite voraz de algumas pessoas.

O triste é que essas malditas empresas conseguem por na cabeça de seus funcionários que eles estão fazendo o certo, que são importantes, sendo que as empresas certamente não pensam nem agem assim. O trabalhador adolescente não tem culpa disso. Ao contrário, é vítima. Pois não tem opções. 

E é em cima disso que esses novos senhores de escravos conseguem seus inacreditáveis lucros. Produzindo, exigindo muito. Pagando, reconhecendo pouco. Se você parou para pensar um pouco nisso não se esqueça que somos culpados disso também. 

No máximo esse adolescente tem sua foto pendurada na parede como funcionário do mês. 

Não seria melhor um aumento decente de salário, alimentação decente e não fast-fode pro infeliz do atendente?. Afinal nosso consumismo gera toda essa situação. É necessário muita mão de obra para atender essa procura insana. Nossa procura. 

Garotos e garotas começam sua vida profissional em empregos desse tipo. É só o começo. Nem sempre. 

Mas o pior é ter que ser tratado assim. E ficar marcado talvez para o resto da vida que você trabalhador não merece mais do que aquilo. Não pode sonhar, pois não nasceu do lado certo do muro que divide as classes sociais. Ou então aprender que para "vencer na vida" é preciso oprimir, colocar "esse povo no seu devido lugar". Aí nasce o pior estilo de opressor: o pobre que fode outro pobre. 

Trabalhei com um cara que me disse que seu primeiro trabalho foi numa dessas empresas. Dizia que ali se aprendia a trabalhar, que ele aprendeu tudo ali. Achei engraçado. Passam a mão na nossa bunda e ainda dizemos obrigado. Não sei não mas algo não está muito certo. Está?

sábado, 24 de julho de 2010

E se

E se ao invés de pensar, agir?

E se ao invés de olhar, enxergar?

E se ao invés de podar, incentivar?

E se ao invés de acusar, ajudar?

E se ao invés de fechar, abrir?

E se ao invés de falar, ouvir?

E se ao invés de julgar, entender?

E se ao invés de criticar, elogiar?

E se ao invés de matar, morrer?


quinta-feira, 8 de julho de 2010

Está difícil. Mas será que não foi sempre assim?

Veja você. O assunto que agora domina todos os noticiários é e não poderia ser diferente (é mesmo?) o caso do goleiro Bruno. Mas uma coisa me intriga: é só isso que restou?

Existem coisas tão ou mais importantes do que esse terrível assassinato. Veja, foi uma terrível execução que acontece com mais frequência do que muita gente imagina. É incrível mas é verdade. Muita gente não sabre ou finge não saber para que sua vida seja suportável. É verdade. Ainda tem gente que gosta de viver assim. Ontem assisti mais uma vez ao ótimo filme "A Queda", que conta os últimos dias de vida de Adolf Hitler. Lá, vemos como o real e o ilusório se misturavam na terrível realidade que os "condenados" no bunker de Hitler viviam. O que chamou mais minha atenção foi o comportamento no sense da noiva de Hitler que me fugiu o nome agora. Como disse um amigo, ela parecia viver na Gozolândia! Acho que fez isso para fugir daquela realidade e do destino que ela sabia era inevitável.

Alguns preferem isso. Sobre o próprio caso do Bruno não se pode ficar concentrado somente no ato indescritível ocorrido com a moça. Mas talvez seja importante refletir, caso o goleiro seja realmente culpado, como alguém com tal índole pode ter chegado tão longe em sua carreira, por que aquela moça se envolveu com ele, o que levou a isso. Quais os valore que lhe foram ensinados? Importava-se com sua vida? Que tipo de alienação leva alguém a comportamentos tanto do Bruno como de sua suposta vítima? Valores estão sendo mudados e a sociedade como um todo está aceitando isso. A começar pelas próprias famílias. Tudo muito fácil, muito simples. Claro que não é só no nosso país mas e daí? Essa é nossa realidade. Dizer que o mundo é assim é uma fuga pela tangente. É tentar viver na Gozolândia.

Bueno é engraçado pois realmente estou falando para ninguém. Tanto literal como metaforicamente. Bela palavra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Salve Noel! Salve o artista nacional!

Nesse fim de semana assisti ao filme - Noel Poeta da Vila -. E olha, muito bom mesmo. O filme é de 2004 e o assisti no Canal Brasil. Aliás, esse canal é um daqueles "voz que clama no deserto". Já que a poderosa Globo só passa (quando passa) filmes de sua Globofilmes.
No Canal Brasil vê-se muito mais que isso. De 2 filhos de Francisco, obscuros filmes dos anos 70 e 80 até a interessantíssimos documentários sobre Glauber Rocha.

Mas voltando a Noel Rosa, o Poeta. Confesso que tinha parcos ou nenhum conhecimento sobre o tal. Havia comprado seu livro-cd da Coleção da Folha e li sua história pouco antes de assistir ao filme. As duas fontes bateram. E como é rica a história desse grande compositor, poeta e cantor. O engraçado é que não tinha uma voz que realmente encantasse mas esse foi o único registro que teve em sua carteira de trabalho (que curioso tal registro!)

Noel foi mais um daqueles seres notáveis que vem, causam grande impacto e, de repente se vão. Morreu com 26 anos. Vítima como era muito comum na época, de tuberculose. Indico que todos sem excessão procurem saber mais desse sujeito fascinante. Que foi e é um dos mais importantes personagens da história cultura desse país. País que realmente tem memória curta mas que aos poucos (aqui fala um otimista, por mais estranho que isso me soe) parece querer mudar. Amém.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"People, man. People."

O título me veio de uma lembrança de uma das útimas falas do ótimo filme CRASH. Assistam. Primeiro o vídeo que postei. Depois Crash. Abraço.

http://www.ted.com/talks/lang/por_br/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story.html

Mais uma pro Dunga

Dunga se desculpou. Calma. Desculpou-se pelo modo como colocou seu ponto de vista e não por sua atitude em si. Muito bom. Não se pode dar armas ao inimigo. Mas Dunga... ainda te acho chato, mal-educado, etc,etc. Só que não é que tô revendo meu ponto de vista? Vejamos os próximos movimentos.

Mudando de assunto, quero recomendar a visita ao blog de um cara que admiro muito. Jorge Kajuru. Muito contundente em suas opiniões, exerce como poucos sua profissão que é o jornalismo. Você pode concordar ou não com ele só que ele tem que ser respeitado. E muito. Vão lá.
http://www.midiasemmedia.com.br/kajuru/

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Eu disse. A coisa pode tomar grandes proporções. Se quisermos.

Leiam o artigo do jornalista Luciano Mrtins Costa do Site Observatório da Imprensa:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=595JDB021

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um fim de semana muito bom

Veja você. Querendo ou não, gostando ou não o predomínio do assunto futebol é total.
Insclusivi juntamente com meus manos assino o La partita di pallone, aqui no Blogger.
Confiram.

Bom, mas o que realmente quero falar - e por isso uso esse espaço - é que nas entrelinhas ou entre as quatro linhas, tivemos alguns assuntos que não são comuns no mundo da pelota. Começou com o treinador da Seleção brasileira no maior "arranca-rabo" com Alex Escobar da poderosa Rede Globo. Se não viu procura no You tube - com os tags acima e se vira - . A coisa aparentremente sendo só mais um capítulo Dunga vs. imprensa é muito mais que isso. Pelo menos essa é minha percepção.

Fatos como o "melhor trote dos últimos anos" o CALABOCA GALVÃO no Twitter são mostras de que talvez, repito, talvez o brasileiro esteja tentando colocar suas manguinhas de fora. Veja, me parece que muito mais que irritado com o já citado repórter global, Dunga, que poderia muito bem ser o Zangado ou até um novo anão... o Mal-educado, ele se irritou muito mais com a forma como tudo vem sendo levado quanto a relação CBF e Globo. No dia da coletiva para anunciar os 23 convocados ficou claro pra todos que houve um privilégio para o Tino Marcos, por exemplo, que é da Globo e uma pequena retaliação ao Cícero Melo da ESPN. Na mesma noite Dunga estava no Jormal Nacional ao lado do irritante Casal 20 do telejornal que, vejam vocês, se iniciou com mestre Armando Nogueira.

Ele foi muito criticado por isso e com razão - além do ridículo discurso pseudo-patriótico-. Muito bem, já na Copa no meio dessa primeira fase, advertiu Robinho por dar "uma exclusiva" a Mauro Naves da... isso, da Globo. Sempre digo que pode-se não gostar de Dunga. Ele é tão mal educado como Murici Ramalho, chato, privilegia o resultado somente, não dando chance ao nosso futebo-identidade-arte. Tudo isso é verdade (pra mim),MAS - lá vem o mas - é um cara que acredita no que faz e no que fala. Li uma declaração sua de mais ou menos 20 anos atrás em que ele dizia que esse negócioi de jogar bonito é coisa pra inglês ver. Seria uma armadilha que europeus nos jogavam, para lustrar nosso ego e nos vencer. Finalizando disse que 1x0 é goleada. Está na Placar comemorativa de 40 anos. Sempre pensou assim.

Sendo assim, tão irascível, não aguentou o cabresto global. Estourou. Quem estava na frente? Alex Escobar. E o engraçado é que isso foi meio que acatado pelas pessoas comuns ( viva a anarquia!). Da mesma forma que houve grande apoio a campanha CALABOCA GALVÃO está havendo ao técnico Dunga, que poderia agir de outra maneira, sim mas (olha o mas aí de novo) não agiu. É humano.
Posso estar exagerando - faço isso algumas vezes. Muy latino! - mas os brasileiros poderiam ver essa atitude de Dunga como um grande CALABOCA GLOBO! Chega dessa grande dominação não somente na audiência mas no modo como esse sistema de comunicação entra em nossas casas,modo de pensar , falar vestir e passivamente, aceitamos. O problema não foi só o jeitão arrogante de Galvão Bueno mas sim aquilo que ele representa.

Na saudosa série Família Dinissauros existia uma grande multinacional que a tudo dominava chamada Nós dissemos SIM. Acho uma grande alegoria. Pois NÓS, brasileiros dizemos sim a tudo. Nos contentamos a reclamar na fila do Banco. Já tivemos, nós brasileiros, um espírito mais crítico, aguerrido. Procure saber sobre isso. No séc. 19, início do Séc. 20 e parou no início dos anos 70. Aquilo ou aquele momento histórico nos parou. Engraçado que não houve o mesmo no resto da Am. Latina. Essa passividade. Passam a mão na nossa bunda e rimos. Gonzaguinha sabia.
Que possamos com esse fato, aparentemente esportivo, sirva para algo mais.

O outro caso foi entre Kaká e Juca Kfouri. Dois caras que respeito. Um cristão. Outro Ateu. Os dois xiitas. Kaká acusou Juca de persegui-lo por causa de sua religião. Juca diz que persegue sim o marketing religioso que o jogador e mais alguns fariam dentro da Seleção.
Acho que há um pouco de razão para cada. Na minha opinião.
Kaká abusa sim, juntamente com Lúcio e outros da sua propaganda religiosa. E Juca gosta de cutucar sim o camisa dez. Vira uma questão ideológica. Muitos criticam Juca duramete dizendo que ele mistura futebol com política. Nós seres humanos adoramos puxar a sardinha pro nosso lado. Seja qual for. Temos que ter consciênca disso. Sem mocinhos. Sem bandidos.

sábado, 19 de junho de 2010

Sóóóó...

Pela velha máxima olho por olho, dente por dente, acabaremos todos cegos e banguelas.
Marcos Azambuja, embaixador
(23/05/2010)

Vamos...

Veja só você. O quanto é duro o viver. Não vou ficar aqui lamentando o que já foi ou o que as perspectivas cada vez mais sombrias nos garantem.

Se você acredita nos comerciais de fabricantes de veículos, nos de shopping centers, bancos, enfim, sempre com uma família - essa branca, classe média em ascensão, pai, mãe, dois filhos e um cachorro (qual o problema com os gatos?) pode parar por aqui.

Se não, sigamos. Primeiro o descrever aquilo que se sente é exercício muito difícil. hoje já não há tempo para mais nada. Tudo tem que ser mais rápido. Temos o blog, mini blog´s e provavelmnte outra ferramente que ainda não conheço. Imediato. Rápido. Ou não serve.

Acho que dá pra se levar uma vida satisfatória, mesmo que o inevitável, e ela o é, se aproxime cada vez mais. Pensando agora talvez todo ser vivente e não somente o humano precise dela. Já prestou atenção como até mesmo o menor ou mais repugnante ser como a barata por exemplo luta para não morrer? Ela corre de um lado, correm de outro, vai, volta, volta e vai. Sempre brigando, lutando.
Não se sabe o que se passa em sua "cabeça" mas ela não aceita passivamente seu terrível destino.

Esse pequeno drama que todos nós passamos talvez já tenha passado por sua cabeça. Ou talvez não. Você acha que dá azar. Melhor não pensar. Melhor viver, curtir. Talvez você esteja certo.
Mas eu particularmente não consigo deixar de pensar.
Às vezes, quando estou na rua fico olhando pra todos ao meu redor e fico pensando " quantas vidas, quantas histórias, dramas, comédias, tragédias, alegrias em um só lugar. O que estão pensando, o que os preocupa? O salário que não caiu, a conta que venceu, o encontro com o(a) amante, como dizer ao cônjuge que acabou, decidir se vai matar sicrano ou não. Contar ao cônjuge que recebeu a tão esperada promoção, que marcou a tão sonhada viagem, ao marido que o resulta deu positivo, fazer uma surpresa ao filho(a) na saída da escola, se encontrar com amigos para um happy hour..."

Todos tem o direito de pensar e viver como se quer desde que não ofenda, julgue, maltrate o outro. Mas isso é impossível. Viver, como disse lá em cima não é um exercício fácil. Querendo ou não você deixa sua marca. Boa ou ruim. Nos cabe fazer as escolhas. Aceitá-las ou não é outro assunto. Viver não se aprende numa droga de livro de auto-ajuda. Não há um manual para isso. No máximo dicas.
Mas nós é que iremos escrever nosso destino. Nossos pequenos dramas, pequenos pros outros mas às vezes enormes para nós, terá nossa assinatura no fim.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Os malvados - de ANDRÉ DAHMER

Se não conhecem, conheçam. É fétido, imundo, sacana, foda.

Resumindo: é muuuito bom!

http://www.malvados.com.br/

domingo, 13 de junho de 2010

Putz! Adoro gibi!!! É gibi mesmo, porra.

Desde que me entendo por gente, acredito que depois da tv o que mais me chamou a atenção foi um gibi. Não lembro bem se foi um do Cebolinha ou um do Superboy.
Acho que foi por volta de 1979/1980, provavelmente edição da Bloch (no caso do Superboy) já que a Turma da Mônica fazia parte da Ed. Abril.

Não sabia ler ainda, tinha 3 ou 4 anos, mas as imagens fizeram com que minha imaginação fosse às alturas. Isso anos mais tarde tornou-se realmente muito mais que um prazer. Despertou minha vontade de interpretar, ser um daqueles personagens. De falar em voz alta aquelas frases desafiadoras e inspiradoras.
Os gibis - chamados assim no Brasil por causa de uma publicação de HQ em 1939 com esse nome, e desde então por aqui tornou-se sinônimo de história em quadrinho.

Alguns tem preconceito em usar o termo - confesso que fui um desses babacas na adolecência - mas foda-se! É uma puta babaquice mesmo.

Hoje gostaria de dar umas dicas de sites pra quem gosta e pra quem quer conhecer:


http://www.guiadosquadrinhos.com/
http://www.universohq.com/
http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp
http://www.omelete.com.br/