quinta-feira, 8 de julho de 2010

Está difícil. Mas será que não foi sempre assim?

Veja você. O assunto que agora domina todos os noticiários é e não poderia ser diferente (é mesmo?) o caso do goleiro Bruno. Mas uma coisa me intriga: é só isso que restou?

Existem coisas tão ou mais importantes do que esse terrível assassinato. Veja, foi uma terrível execução que acontece com mais frequência do que muita gente imagina. É incrível mas é verdade. Muita gente não sabre ou finge não saber para que sua vida seja suportável. É verdade. Ainda tem gente que gosta de viver assim. Ontem assisti mais uma vez ao ótimo filme "A Queda", que conta os últimos dias de vida de Adolf Hitler. Lá, vemos como o real e o ilusório se misturavam na terrível realidade que os "condenados" no bunker de Hitler viviam. O que chamou mais minha atenção foi o comportamento no sense da noiva de Hitler que me fugiu o nome agora. Como disse um amigo, ela parecia viver na Gozolândia! Acho que fez isso para fugir daquela realidade e do destino que ela sabia era inevitável.

Alguns preferem isso. Sobre o próprio caso do Bruno não se pode ficar concentrado somente no ato indescritível ocorrido com a moça. Mas talvez seja importante refletir, caso o goleiro seja realmente culpado, como alguém com tal índole pode ter chegado tão longe em sua carreira, por que aquela moça se envolveu com ele, o que levou a isso. Quais os valore que lhe foram ensinados? Importava-se com sua vida? Que tipo de alienação leva alguém a comportamentos tanto do Bruno como de sua suposta vítima? Valores estão sendo mudados e a sociedade como um todo está aceitando isso. A começar pelas próprias famílias. Tudo muito fácil, muito simples. Claro que não é só no nosso país mas e daí? Essa é nossa realidade. Dizer que o mundo é assim é uma fuga pela tangente. É tentar viver na Gozolândia.

Bueno é engraçado pois realmente estou falando para ninguém. Tanto literal como metaforicamente. Bela palavra.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Salve Noel! Salve o artista nacional!

Nesse fim de semana assisti ao filme - Noel Poeta da Vila -. E olha, muito bom mesmo. O filme é de 2004 e o assisti no Canal Brasil. Aliás, esse canal é um daqueles "voz que clama no deserto". Já que a poderosa Globo só passa (quando passa) filmes de sua Globofilmes.
No Canal Brasil vê-se muito mais que isso. De 2 filhos de Francisco, obscuros filmes dos anos 70 e 80 até a interessantíssimos documentários sobre Glauber Rocha.

Mas voltando a Noel Rosa, o Poeta. Confesso que tinha parcos ou nenhum conhecimento sobre o tal. Havia comprado seu livro-cd da Coleção da Folha e li sua história pouco antes de assistir ao filme. As duas fontes bateram. E como é rica a história desse grande compositor, poeta e cantor. O engraçado é que não tinha uma voz que realmente encantasse mas esse foi o único registro que teve em sua carteira de trabalho (que curioso tal registro!)

Noel foi mais um daqueles seres notáveis que vem, causam grande impacto e, de repente se vão. Morreu com 26 anos. Vítima como era muito comum na época, de tuberculose. Indico que todos sem excessão procurem saber mais desse sujeito fascinante. Que foi e é um dos mais importantes personagens da história cultura desse país. País que realmente tem memória curta mas que aos poucos (aqui fala um otimista, por mais estranho que isso me soe) parece querer mudar. Amém.