domingo, 14 de agosto de 2011

#foraricardoteixeira deve ser o início de algo maior

Ontem na Avenida Paulista aconteceu a versão paulistana da 'Marcha Fora Ricardo Teixeira'(#foraricardoteixeira) organizada pela Frente Nacional dos Torcedores. Apesar de saber que não apareceria nem 1/3 daqueles que disseram que iriam, na página da marcha no Facebook mais de 9.000 disseram que compareceriam, fiquei decepcionado com o número de pessoas presentes. O dia estava perfeito, com muito sol. Não tinha desculpa. Ainda estamos engatinhando. 

Temos um longo caminho para percorrer. E sem dúvida foi um começo. É muito fácil e tentador ficar descendo a lenha e mais uma vez listar todos os defeitos de nosso povo. Motivos não faltam. Estou longe de ser o típico otimista. Muito pelo contrário! Tenho muito mais facilidade para ver o lado B das coisas. Agora, tem que se usar o raciocínio e pensar em algo que a primeira vista pode não parecer tão nobre que é o instinto se sobrevivência. Um povo deve lutar até o fim para sobreviver para viver, seja culturalmente, socialmente ou literalmente.

Ainda exite gente querendo mudança e querer mudança é ser diferente. O diferente vai chamar a atenção, vai provocar, pode apanhar, sangrar e morrer. Está nas regras. Nosso país tem um zilhão de defeitos, mas uma coisa é boa: conversamos. E a conversa pode ser muito boa. Claro que a ação é fundamental. Se preciso for chegar aos 'finalmentes', que seja, mas vamos conversar, sair, marchar, trocar ideias, debater, entender, juntar e não segregar. Na marcha #foraricardoteixeira apareceram líderes de torcidas organizadas menores (em quantidade de membros, não em grandeza) de Corinthians e São Paulo. As maiores (em número e não em grandeza) Gaviões e Independente, nem cheiro! Por que? Por que não aparecem para conversar? Quem cala suas bocas? Ou o que? Acho que as perguntas trazem junto as respostas. Este é um momento de nos juntar. 

É, eu sei. Desanima. Mas todos aqueles que querem algo mais do que simples contas gordas, prestígio perante as pessoas, status, poder, placas reluzentes com seus nomes, que querem viver e não apenas sobreviver, não podem desanimar! Vamos pra cima, fortes, bravos, destemidos, com 'sangue nos olhos' e, ao mesmo tempo com nossas características que são a alegria sem ser idiota, a solidariedade sem ceder o amor próprio, a esperança no futuro sem esquecer o passado.

Um grande abraço ao Vitor Birner e também para o Xico Malta que estiveram presentes na marcha e tiveram a paciência e cordialidade de ouvir a mim e a meu irmão mais novo debaixo do sol da Paulista.