domingo, 11 de setembro de 2011

Driblar o sistema. Ser espontâneo.

Viu o trailer? Parece mais um filme de Hollywood, certo? E é! E aí é que fica interessante. Assisti a esse filme (Gente Grande) do Adam Sandler faz uns dias. Fui visitar uma pessoa e depois do almoço, chegou a hora do filme. Dentre as opções, muitos filmes de terror. Que horror! Não tinha mesmo muita opção. Esta é a explicação do porque o filme acabou indo para o aparelho de DVD. E vou dizer: gostei muito!

Não porque seja uma beleza de filme, uma aula de cinema, um primor de direção, roteiro, fotografia, interpretação, etc e etc. Não é mesmo. Você já viu no trailer as piadas padrão (inclusive a 'agressão' aos testículos do menino desprevenido!) e praticamente sabe como será o filme até o seu previsível fim.


O que gostaria de dizer sobre o filme é a maneira como Sandler, que produz e é co-roteirista, usa o clichê, a receita de bolo da indústria estadunidense de se fazer comédia e passa uma bela e necessária mensagem: seja  como você é, educar os filhos dá trabalho, fazer tudo o que eles querem não é sinônimo de amor (pelo contrário), cuide de quem ama, nem sempre vencer é vencer, como bem disseram Los Hermanos com a música Vencedor.

Logo nos EUA (não sou nenhum combatente dos yankees. Como todos os seres humanos, eles tem erros e acertos) onde a pressão por ser mais é altíssima!  Deve ter crescido sempre ouvindo e sendo cobrado em ser mais e ter mais. E conseguiu. É nome forte na máquina hollywoodiana. E por isso poderia ser mais um acomodado. Mas conseguiu usar todo o dinheiro e esquema de Hollywwod do jeito que quis. 

Claro, não espere um tratado filosófico sobre o homem. Vamos devagar! Mas é uma ótima ferramenta para apresentar por exemplo para crianças e adolescentes e para quem gosta desse tipo de cinema!

Acho realmente louvável quando alguém que está por cima da carne seca como Adam Sandler se dispõe para esse serviço. A maioria daqueles que 'vencem' seja lá qual for sua área de atuação não dão a mínima para quem está ao seu redor. Por quê fariam isso? Já conseguiram. Fazem parte do pequeno e restrito grupo de quem manda prender e soltar e daqueles que se forem parados por um policial diz: - Você sabe com quem está falando?

Então por que se importar?! Olha, talvez eu esteja dando muito crédito para Sandler, não acompanho sua vida, não sei quanto ganha, com qual modelo-atriz-cantora-apresentadora ele sai, se é casado, se é viciado etc.

E quer saber? Não importa. Pois sei que esse cara, com seu filme simples em vários sentidos, mas acessível, presta um grande serviço. Um serviço para nós que muitas vezes nos esquecemos de certa coisinha que passa despercebida: o próximo. Que pode ser seu pai, sua mãe, seu filho ou filha, seu cônjuge, seu vizinho, seu colega de trabalho, a pessoa que está passando na rua... Ou você mesmo!

Sempre podemos estar em situações que nos deixam muito acomodados por diversas razões como não arriscar a posição, por exemplo. Então quando vemos alguém fazendo tráfico dentro do sistema, bem debaixo de seu nariz, temos que dar os parabéns. Sempre dá para fazer. Engane o sistema você também. Seja  espontâneo!