domingo, 29 de agosto de 2010

O sono, as contações e as cagadas.





Oi. Desculpem pelo grande vácuo. Sempre achei um grande desperdício a necessidade do ser humano de dormir. Existem tantas coisas pra se ver, pra se fazer que não deveríamos precisar dormir. E ao dormirmos acontece um monte de coisas em nossa mente que até poderia nos trazer soluções para um monte de coisas. Então veja você: não nos lembramos de porra nenhuma! Sei lá. Eu sei. É o tempo para descansarmos, repor as idéias no lugar, blá, blá, blá. E meu pequeno e tolo drama é que não consigo resistir. Eu durmo. Vejamos como o futuro nos ajudará nesse sentido.

Bem , após mais um bocejo gostaria de dizer que ontem estive em um workshop de contação de histórias em Santo Amaro na Biblioteca Belmonte. Quem nos passou um pouco das informações foi a ótima ANDRÉA SOUSA, uma senhora cearense que está nessa de contadora já a algumas décadas. Gostei de tudo que ela disse. O tempo infelizmente foi curto. Essa arte de contação de história para mim é algo muito particular. Ouvir quem já tem tanta vivência é essencial.
Mas o que quero deixar aqui foi o que ela falou sobre nosso mundo. Sobre como aumentou o número de contadores e como estão sendo muito requisitados por diversos tipos de instituições. Segundo Andréa, esses lugares dizem que ao ouvir histórias esses alunos, pacientes, detentos, ouvintes ao acaso, ficam mais acessíveis, menos tensos. Coisas comuns num mundo globalizado que não permite erros, embrutecido e dissimulado.

Não é engraçado (na falta de uma palavra melhor) como o homem vai, vai, vai e acaba voltando para o mesmo lugar? Nos afastamos do próximo só para depois termos que nos aproximar novamente? Nossa conectividade -bela palavra- está cada vez maior mas ao mesmo tempo cresce um tipo carência que é maior do que podemos imaginar. Muitas vezes não gosto do ser humano. Isso fez com que me lembrasse do conto A cabeça, de Luiz Vilela que conheci vendo o ótimo e saudoso Contos da Meia-Noite. Penso muitas vezes que realmente somos a maior cagada de Deus. Ora vamos, tem que admitir que foi engraçado!
Somos muitas vezes um caldo de situações absurdas, mentirosas, cínicas, engraçadas... enfim, humanas. E contar histórias, como essa ou qualquer outra, faz com que eu e você possamos refletir, rir, chorar, ter esperança ou não. Mas algo acontece. Até mesmo, fazer com que eu goste um pouquinho mais da cagad... digo, do ser humano.

Um comentário:

  1. O tempo é o bem mais precioso que um homem pode desperdiçar....você tem razão quando diz que é engraçado quando nos afastamos do próximo só pra depois termos que nos aproximar novamente, mas as vezes o orgulho é bem maior e não nos permitimos nos aproximar novamente....ai ficam as histórias....
    bjs

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