sábado, 19 de junho de 2010

Vamos...

Veja só você. O quanto é duro o viver. Não vou ficar aqui lamentando o que já foi ou o que as perspectivas cada vez mais sombrias nos garantem.

Se você acredita nos comerciais de fabricantes de veículos, nos de shopping centers, bancos, enfim, sempre com uma família - essa branca, classe média em ascensão, pai, mãe, dois filhos e um cachorro (qual o problema com os gatos?) pode parar por aqui.

Se não, sigamos. Primeiro o descrever aquilo que se sente é exercício muito difícil. hoje já não há tempo para mais nada. Tudo tem que ser mais rápido. Temos o blog, mini blog´s e provavelmnte outra ferramente que ainda não conheço. Imediato. Rápido. Ou não serve.

Acho que dá pra se levar uma vida satisfatória, mesmo que o inevitável, e ela o é, se aproxime cada vez mais. Pensando agora talvez todo ser vivente e não somente o humano precise dela. Já prestou atenção como até mesmo o menor ou mais repugnante ser como a barata por exemplo luta para não morrer? Ela corre de um lado, correm de outro, vai, volta, volta e vai. Sempre brigando, lutando.
Não se sabe o que se passa em sua "cabeça" mas ela não aceita passivamente seu terrível destino.

Esse pequeno drama que todos nós passamos talvez já tenha passado por sua cabeça. Ou talvez não. Você acha que dá azar. Melhor não pensar. Melhor viver, curtir. Talvez você esteja certo.
Mas eu particularmente não consigo deixar de pensar.
Às vezes, quando estou na rua fico olhando pra todos ao meu redor e fico pensando " quantas vidas, quantas histórias, dramas, comédias, tragédias, alegrias em um só lugar. O que estão pensando, o que os preocupa? O salário que não caiu, a conta que venceu, o encontro com o(a) amante, como dizer ao cônjuge que acabou, decidir se vai matar sicrano ou não. Contar ao cônjuge que recebeu a tão esperada promoção, que marcou a tão sonhada viagem, ao marido que o resulta deu positivo, fazer uma surpresa ao filho(a) na saída da escola, se encontrar com amigos para um happy hour..."

Todos tem o direito de pensar e viver como se quer desde que não ofenda, julgue, maltrate o outro. Mas isso é impossível. Viver, como disse lá em cima não é um exercício fácil. Querendo ou não você deixa sua marca. Boa ou ruim. Nos cabe fazer as escolhas. Aceitá-las ou não é outro assunto. Viver não se aprende numa droga de livro de auto-ajuda. Não há um manual para isso. No máximo dicas.
Mas nós é que iremos escrever nosso destino. Nossos pequenos dramas, pequenos pros outros mas às vezes enormes para nós, terá nossa assinatura no fim.

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